Bahia

Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social debate PPA da Bahia com universidades

A articulação entre as universidades e institutos de educação, ciência e tecnologia que atuam na Bahia, e delas com os poderes públicos e a sociedade, visando ao desenvolvimento dos territórios baianos. Este foi o principal tema da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes), órgão vinculado ao Gabinete do Governador, realizada na última sexta-feira (24), integrando a série de debates para a elaboração do próximo Plano Plurianual (PPA 2024-2027) do Estado da Bahia.

Coordenado pelo secretário executivo do Codes, Jonas Paulo Neres, o evento foi realizado na Universidade Federal da Bahia (Ufba), e teve participação de representantes da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba), União Metropolitana de Educação e Cultura (Unime) e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), além da própria Ufba e do Conselho Estadual de Educação. Também estiveram presentes gestores e técnicos das Secretarias Estaduais da Educação (SEC), Planejamento (Seplan), Desenvolvimento Econômico (SDE) e da Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem).

“Todas as universidades públicas têm projetos de extensão junto à sociedade, mas estamos dispersos. Há a necessidade de articulação, que pode ser feita pelo Estado. Ainda mais agora que, a partir de 2023, os cursos de graduação de todas as instituições de ensino superior no país terão que garantir o mínimo de 10% de sua carga horária para atividades de extensão”, afirmou o reitor da UFRB, Fábio Josué Santos, destacando que, somando-se as instituições federais e estaduais, 62 municípios da Bahia possuem educação pública de nível superior.

Desenvolvimento territorial – A pró-reitora de Planejamento da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Lídia Boaventura, ressaltou que a instituição está presente em 19 Territórios de Identidade baianos. “Desenvolvemos programas de pesquisa e extensão em diversas áreas de interesse ao desenvolvimento do estado, principalmente com foco local, territorial e regional. Precisamos articular os departamentos e colegiados de todas as instituições para contribuir não só na elaboração do PPA, mas com a execução e aprimoramento do maior número possível de projetos e programas do Governo do Estado.

Soraia Brito, da Pró-Reitoria de Extensão do Ifba, salientou que uma das grandes dificuldades no desenvolvimento das atividades de pesquisa e extensão é o “bate e volta” dos professores e pesquisadores que atuam em mais de um campi das universidades e institutos. “Temos que pensar como o Governo Federal, o Estado e os Municípios podem colaborar com a articulação dos institutos e universidades como a Uneb, reduzindo a burocracia para integração dos programas de pesquisa e extensão.

Planejamento estratégico – Para o secretário executivo do Codes, Jonas Paulo, a articulação das universidades e institutos de educação, ciência e tecnologia com as políticas públicas do Estado, além da programação do Plano Plurianual, que abrange os próximos quatro anos, deve ser tratado como elemento estratégico alinhado ao planejamento de longo prazo. “As discussões do PPA são fundamentais para a revisão do Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI Bahia 2035), que passará a ser PDI Bahia 2050”, disse, salientando que a consolidação do pensamento acadêmico no desenvolvimento econômico e social baiano passa tanto pela educação contextualizada a partir da realidade dos territórios quanto por questões estruturantes, quanto o Programa de Aviação Regional.

“Até mesmo em projetos como o Porto Sul em Ilhéus, precisamos envolver o setor acadêmico, além da sociedade civil e os poderes públicos locais, nas discussões sobre qual desenvolvimento queremos: apenas um porto ou um novo polo industrial sustentável, com uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE), como implantada no porto de Pecém no Ceará? Tudo deve passar pela análise e estudos de nossos pesquisadores”, afirmou Jonas Paulo.

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