Política

Discursos foram marcados por compromisso com a democracia

Durante a sessão em que ocorreu a votação para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), um acordo firmado em plenário entre as lideranças das bancadas do governo e da oposição e avalizado pelo presidente da Assembleia Legislativa (ALBA), deputado Adolfo Menezes, assegurou aos candidatos Paulo Rangel (PT) e Marcelo Nilo o tempo de 10 minutos para discurso na tribuna.

Um sorteio definiu que o ex-deputado e ex-presidente da ALBA, Marcelo Nilo, fosse o primeiro a usar o tempo concedido. Ele relatou que jamais imaginou disputar o posto de conselheiro da Corte de Contas, pois assistiu, durante os anos em que esteve investido no mandato eletivo, ao encaminhamento para oito vagas, seja no TCM ou no Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Eu nunca pleiteei um. Primeiro, eu jamais usaria a força de presidente da ALBA para assumir cargo de conselheiro. Segundo, eu não renunciaria ao mandato concedido pelo povo para ir para o tribunal de contas”, explicou.

Nilo afirmou que a presente data de 5 de março de 2024 fica marcada como o dia mais importante da sua vida pública. “Aqui é o divisor da minha continuidade na vida pública ou encerramento de uma carreira de um homem que nasceu no sertão e chegou neste Parlamento com a cabeça erguida, foi deputado por 27 anos, sendo 16 anos na oposição e 10 anos exercendo a presidência da Casa”, rememorou.

O candidato disse aos parlamentares que acompanhavam a sessão atentamente que, se eleito, usaria da experiência política para fazer da Corte um tribunal educativo, pedagógico e preventivo, em vez de apenas corretivo, reprovando contas de prefeitos e presidentes de câmaras municipais. “Quero ser conselheiro para continuar servindo à Bahia”, argumentou.

O deputado Paulo Rangel, por sua vez, classificou a data da votação como um dia de festa da democracia em função da autonomia que a Casa teve para decidir um nome que comporá o quadro de conselheiros do TCM. O legislador relatou que essa foi a terceira vez que foi convidado para ser indicado ao posto, mas nesta oportunidade decidiu ouvir a proposta. “O tribunal passa por um momento de modificação administrativa, cultural, comportamental e política. Começa a assumir um comportamento mais razoável, mais mediador, mais propositivo. Quando coloquei meu nome, entendi que poderia ajudar a qualificar o papel do TCM com atuação orientadora, pedagógica, cautelar, apontando erros e ajudando a corrigi-los”, contextualizou Rangel, frisando que decidiu mudar seu papel na vida política porque entende a importância do órgão.

Assim como Marcelo Nilo, Paulo Rangel deixou claro que terá as portas abertas para todos os prefeitos e presidentes de câmaras de toda a Bahia. “Não sou candidato a conselheiro de partido algum. Hoje me sinto candidato desta Casa, me sinto candidato da sociedade. Se eu for conselheiro, não vou analisar conta de prefeito ou de presidente de Legislativo considerando a capa da apresentação, a coloração partidária ou a linha ideológica. Faremos um trabalho técnico”, enfatizou.

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